No último encontro no plenário do Poder Legislativo, a enfermeira obstetra Priscila Palma Tives complementou a discussão dos vereadores e trouxe à tona a importância da humanização no processo de nascimento. Com falas embasadas em sua vasta experiência e conhecimento, ela abordou os dois projetos de lei relacionados ao parto humanizado e à atuação da enfermeira obstetra na assistência ao trabalho de parto.
Priscila ressaltou que, embora pareça redundante falar em "humanização" da assistência ao trabalho de parto, ao longo da história da Obstetrícia, os atributos humanos foram gradativamente perdidos. A mulher deixou de ser vista como uma protagonista nesse processo fisiológico natural e passou a ser tratada como paciente, dependente das decisões e ações dos profissionais. A humanização do parto não se restringe apenas ao parto normal, mas abrange todos os aspectos do atendimento obstétrico, e devem os profissionais fornecerem informações claras e baseadas em evidências às gestantes, permitindo que elas participem ativamente das decisões relacionadas ao seu corpo e ao seu bebê. Além disso, a enfermeira obstreta também abordou práticas obsoletas na Obstetrícia, como a posição litotômica e a episiotomia, questionando sua real necessidade e destacando o impacto negativo que podem ter na saúde das mulheres, enfatizando que as mulheres têm o direito de receber uma assistência que respeite suas escolhas, necessidades e dignidade. Ela ressaltou que a presença da enfermeira obstetra é fundamental para desafogar o sistema obstétrico, reduzir a mortalidade materna e neonatal e proporcionar um atendimento mais seguro e humanizado.
Os vereadores presentes na Sessão Ordinária realizada dia 11 de julho, votaram com unanimidade nos Projetos de Lei 008 e 009, garantindo o direito ao parto humanizado nos estabelecimentos de saúde pública ou privada, além da presença de profissional de enfermagem obstétrica em ambiente hospitalar, respectivamente.
A atuação e as palavras inspiradoras da enfermeira obstetra Priscila Palma Tives servem como um chamado à mudança e à valorização da experiência da mulher durante o processo de nascimento. A aprovação dos dois projetos de lei abrem caminhos para uma assistência obstétrica mais humanizada e respeitosa, onde as necessidades, desejos e direitos das mulheres sejam priorizados.
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